FIQUE POR DENTRO
Por F. LOPES*
MEDICAMENTOS GENÉRICOS: JÁ PENSOU SE NÃO EXISTISSE?
Todas as vezes que vou à farmácia tenho que perguntar ao atendente se existe um remédio genérico com a mesma fórmula e qualidade do receitado. Em geral, consigo adquirir o mesmo medicamento por um preço muito mais barato. Nesse momento sinto-me obrigado a destacar a importância do ex-ministro da saúde José Serra, pois se não fossem os genéricos é provável que os nossos proventos não dariam para pagar nem os mais simples medicamentos. É claro que me refiro aos que, iguais a mim, são membros da classe pobre!!!
DEFENSORES DAS CAUSAS EXCUSAS
A pré-candidata Marina Silva (PV) se disse uma legítima representante dos interesse das mulheres negras; a Dilma Roussef (PT) se acha defensora das causas femininas. Já em favor do José Serra (PSDB) existe uma história de competência, sobretudo quando foi Ministro da Saúde, considerado um dos melhores do mundo. Serra criou os genéricos e democratizou os medicamentos para tratamento dos portadores do HIV.
BANCO DO BRASIL E PREFEITURA DE LARANJAL
Numa decisão totalmente infeliz, a Prefeitura de Laranjal do Jari transferiu o pagamento dos servidores que recebiam no Bradesco para o Banco do Brasil sem o devido conhecimento dos mesmos e sem a devida antecedência. Embora a decisão da PMLJ tenha sido aparentemente dentro da legalidade, causou vários transtornos aos servidores, principalmente aqueles que contraíram empréstimo no banco Bradesco. O Governo do Estado/AP já havia tomado uma decisão semelhante, entretanto houve um convênio formalizado para que tanto o empregador quanto os servidores tivessem direito a uma série de benefícios, inclusive a isenção da taxa de manutenção para a conta simples. No caso do acordo da PMLJ, os servidores receberam benefício algum.
CONTRA-CHEQUE ON-LINE DA PMLJ
Brilhante a iniciativa da Prefeitura de Laranjal ao disponibilizar o contra-cheque dos seus servidores na internet, só lamentamos o fato de que o setor de RH não esteja disponibilizando o holerite impresso. Vale ressaltar que o comprovante de rendimentos impresso é uma obrigação do empregador e que algumas instituições não aceitam aqueles retirados pela internet. Além de tudo é importante que o site seja atualizado e permaneça no ar permanentemente!!!
SEGURANÇA PÚBLICA EM LARANJAL
Apesar de os números oficiais apontarem a redução da violência e criminalidade em Laranjal do Jari, o fato é que a sensação de insegurança nos cidadãos laranjalenses cresce assustadoramente, pois são corriqueiros os assaltos em lugares da cidade antes considerados tranqüilos. Os celulares são os objetos mais subtraídos pelos delinqüentes. A incoerência entre os dados oficiais e a realidade pode estar ligada ao fato de que a maioria das vítimas não faz o registro de ocorrência na Delegacia de Polícia, logo o grande número de furtos e assaltos está à margem das estatísticas dos governantes. O B.O.pode não culminar com a prisão dos marginais, mas aumentará os números oficiais!
OUTROS TEMPOS EM LARANJAL
Há justamente um ano atrás a prefeita Euricelia Cardoso recorria ao TSE para reaver o mandato perdido em 1ª e 2ª instâncias, enquanto isso, uma parte dos correligionários do seu grupo político baixava a guarda e caminhava num mar de humildade nunca antes visto. Com o triunfante retorno da maior liderança política do município laranjalense, esses correligionários arrogantes esqueceram os tempos difíceis, abandonaram a pele de cordeiro e passaram, inclusive, a atirar contra o próprio grupo. A pior coisa numa guerra é o fogo amigo e isso deverá se refletir nas próximas eleições. É só aguardar para ver!
EURICELIA: O PRÓXIMO DESAFIO DA GUERREIRA
Jovem, inteligente, extremamente simpática e determinada, a prefeita de Laranjal do Jari, Euricelia Melo Cardoso (PP/AP) conquistou a admiração e o respeito até mesmo dos seus adversários políticos dentro e fora dos limites do município. Após superar todos os desafios encontrados, a gestora municipal retornou ao cargo mais firme e decidida a transformar o município num verdadeiro canteiro de obras. O próximo desafio será reunir o seu grupo político em torno dos candidatos que apoiará nas próximas eleições, a começar pelo correligionário e governador Pedro Paulo Dias. Pelo que tenho visto nos bastidores, não será uma tarefa fácil!
sábado, 12 de junho de 2010
A política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros
Por F. Lopes*
O título acima resume tudo o que penso sobre a maioria absoluta das nossas lideranças políticas. Tomei essa frase emprestada de Henry M. Joseph Frédéric Expedite Millon de Montherlant, escritor, ensaista e romancista francês que nasceu em 1896 e partiu em 1972, deixando um legado de valiosos romances e peças teatrais para a posteridade. Ao contrário de Henry de Montherlant, qual o legado que deixará a maioria dos nossos políticos? Oportunamente, reitero que este ano será importantíssimo para os destinos do nosso país, pois, além das eleições para o executivo (governador e presidente), deveremos escolher os deputados estaduais, federais e senadores.
Apesar de não darmos a devida importância ao voto para aqueles que irão compor o poder legislativo nas esferas estadual e federal, é importante salientar que são os nossos deputados e senadores que de fato conduzem os nossos destinos, pois são eles que criam as leis sobre os impostos, a segurança pública, a saúde e a educação, portanto, antes de votar em um deputado federal ou senador procure saber o que ele pensa sobre assuntos tão importantes como carga tributária, redução da maioridade penal, prisão perpétua, punição para crimes hediondos, controle de natalidade, habitação, saneamento básico e investimentos para a educação e saúde.
Se os nossos políticos são tão preocupados com a qualidade de vida do nosso povo, por que então se esquivam em tocar em assuntos tão corriqueiros e importantes para a população dos quatro cantos desse país? O fato é que tanto políticos quanto eleitores ficam anestesiados no período eleitoral diante da possibilidade de resolver os problemas pessoais, ou seja, basta receber a promessa de emprego, dinheiro ou benefícios para si ou para a família que o mais crítico dos eleitores esquece os problemas sociais. Felizmente, ainda conheço uma meia dúzia de pessoas que respeitam a si mesmas e ao restante da sociedade e que em hipótese alguma negociam seus votos ou suas convicções em troca de benefícios individuais. Como retaliação, essas pessoas jamais ocuparão cargos importantes, receberão título de cidadão ou serão reconhecidas pelo caráter íntegro. Essa é a nossa sociedade!
William Shakespeare, poeta inglês e reconhecido como o maior dramaturgo de todos os tempos, afirmou que “O Demônio não soube o que fez quando criou o homem político; enganou-se, por isso, a si próprio”. Eu sou um grande admirador de Shakespeare, entretanto, confesso que tenho grande desconfiança dos nossos políticos, especialmente aqueles que se vestem em pele de cordeiro para enganar a população. O mesmo Shakespeare afirmou que “O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém”, ou seja, no Século XVI já era bastante comum as lideranças políticas se utilizarem das igrejas e das escrituras sagradas para tirarem algum proveito em detrimento da grande maioria dos seus eleitores. Tenho acompanhado de perto os vários eventos políticos na nossa região e não é difícil perceber que alguns religiosos e políticos estão de braços dados em torno dos mesmos objetivos. Fica a impressão de que vale qualquer coisa para a captação de votos, aliás, não faz diferença o sufrágio do mais fervoroso cristão nem do mais radical ateu. O importante é que os líderes alcancem os seus objetivos e se for necessário se faz as coligações nunca dantes imaginadas, afinal, a política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros!
*F. LOPES é professor, pedagogo, acadêmico de Letras e membro da Academia Laranjalense de Letras. (E-mail: f.lopes.vj@bol.com.br).
O título acima resume tudo o que penso sobre a maioria absoluta das nossas lideranças políticas. Tomei essa frase emprestada de Henry M. Joseph Frédéric Expedite Millon de Montherlant, escritor, ensaista e romancista francês que nasceu em 1896 e partiu em 1972, deixando um legado de valiosos romances e peças teatrais para a posteridade. Ao contrário de Henry de Montherlant, qual o legado que deixará a maioria dos nossos políticos? Oportunamente, reitero que este ano será importantíssimo para os destinos do nosso país, pois, além das eleições para o executivo (governador e presidente), deveremos escolher os deputados estaduais, federais e senadores.
Apesar de não darmos a devida importância ao voto para aqueles que irão compor o poder legislativo nas esferas estadual e federal, é importante salientar que são os nossos deputados e senadores que de fato conduzem os nossos destinos, pois são eles que criam as leis sobre os impostos, a segurança pública, a saúde e a educação, portanto, antes de votar em um deputado federal ou senador procure saber o que ele pensa sobre assuntos tão importantes como carga tributária, redução da maioridade penal, prisão perpétua, punição para crimes hediondos, controle de natalidade, habitação, saneamento básico e investimentos para a educação e saúde.
Se os nossos políticos são tão preocupados com a qualidade de vida do nosso povo, por que então se esquivam em tocar em assuntos tão corriqueiros e importantes para a população dos quatro cantos desse país? O fato é que tanto políticos quanto eleitores ficam anestesiados no período eleitoral diante da possibilidade de resolver os problemas pessoais, ou seja, basta receber a promessa de emprego, dinheiro ou benefícios para si ou para a família que o mais crítico dos eleitores esquece os problemas sociais. Felizmente, ainda conheço uma meia dúzia de pessoas que respeitam a si mesmas e ao restante da sociedade e que em hipótese alguma negociam seus votos ou suas convicções em troca de benefícios individuais. Como retaliação, essas pessoas jamais ocuparão cargos importantes, receberão título de cidadão ou serão reconhecidas pelo caráter íntegro. Essa é a nossa sociedade!
William Shakespeare, poeta inglês e reconhecido como o maior dramaturgo de todos os tempos, afirmou que “O Demônio não soube o que fez quando criou o homem político; enganou-se, por isso, a si próprio”. Eu sou um grande admirador de Shakespeare, entretanto, confesso que tenho grande desconfiança dos nossos políticos, especialmente aqueles que se vestem em pele de cordeiro para enganar a população. O mesmo Shakespeare afirmou que “O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém”, ou seja, no Século XVI já era bastante comum as lideranças políticas se utilizarem das igrejas e das escrituras sagradas para tirarem algum proveito em detrimento da grande maioria dos seus eleitores. Tenho acompanhado de perto os vários eventos políticos na nossa região e não é difícil perceber que alguns religiosos e políticos estão de braços dados em torno dos mesmos objetivos. Fica a impressão de que vale qualquer coisa para a captação de votos, aliás, não faz diferença o sufrágio do mais fervoroso cristão nem do mais radical ateu. O importante é que os líderes alcancem os seus objetivos e se for necessário se faz as coligações nunca dantes imaginadas, afinal, a política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros!
*F. LOPES é professor, pedagogo, acadêmico de Letras e membro da Academia Laranjalense de Letras. (E-mail: f.lopes.vj@bol.com.br).
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